A vida nova, na verdade, já tinha começado há quase dois meses, a 6 de Novembro de 1751, quando após dois dias de intenso treino as cinco embarcações deixaram a doca de Belém escondidas pelo nevoeiro e iniciaram a missão secreta de se tornarem piratas 'de faz de conta', de modo a encontrarem os verdadeiros e deles recuperarem os tesouros da Coroa Portuguesa.
Assim lhes tinha ordenado El Rei D.José I, através do seu ministro Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, e assim se tornaram os tripulantes dos navios pirata:
- "Branco Tesouro", do Capitão Patrick Tavares
- "Piratas Cinzas", da Capitã Inês Tacanho
- "Lobos Negros", da Capitã Leonor Malato
- "Navio Saboroso", da Capitã Beatriz Couceiro
- "Piratas de Fogo", da Capitã Maria Caneco
Já por vésperas do Natal passaram pelo gelados mares do Ártico, na companhia de outras três embarcações do principado da Out'rela, em busca do lendário anti-pirata Barba Branca e do seu navio movido a renas voadoras, com vista a recrutarem-no para a sua causa.
Infelizmente, e embora tivessem batido todas as enseadas e desembarcado em todos os portos da região, tendo inclusivé passado a pente fino muitos dos igloos especiais lá existentes, acabaram por não o encontrar.
Sem desmoralizar, no entanto, efectuaram uma calorosa troca de presentes entre si, assinalando dessa forma o Natal passado no mar, longe das famílias.
Agora, tendo deixado os traiçoeiros icebergs bem para trás, navegavam para Sul, em pleno Atlântico, rumo às Américas...
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